Mercado de Carros Elétricos Enfrenta Desafios no Brasil
Em 2025, o mercado de carros elétricos no Brasil passou por importantes transformações. Enquanto novas marcas e modelos são lançados para atender à crescente demanda por alternativas mais sustentáveis, alguns veículos não conseguiram acompanhar as exigências dos consumidores brasileiros. Três notórios exemplos são o Peugeot e-2008, o Nissan Leaf e o BYD D1, que foram retirados de linha no Brasil.
Peugeot e-2008: Autonomia e Preço Elevado
O Peugeot e-2008, um SUV elétrico da famosa marca francesa, enfrentou dificuldades no mercado nacional. Oferecendo cerca de 261 km de autonomia, segundo o Inmetro, e com um preço que alcançava os R$ 260 mil, o modelo apresentou desempenho aquém das expectativas em comparação com sua versão flex, que liderava as vendas na faixa dos R$ 150 mil. Durante o primeiro semestre de 2025, apenas quatro unidades foram vendidas, levando a Peugeot a concentrar seus esforços no lançamento do e-3008.
Nissan Leaf: Desatualização Tecnológica
Conhecido como o “vovô” dos elétricos, o Nissan Leaf não resistiu ao avanço da tecnologia de suas concorrentes, especialmente das marcas chinesas. Com autonomia limitada a 192 km e um preço que chegava perto dos R$ 300 mil, o Leaf deixou de ser um concorrente viável no mercado. Antes de sua produção mundial ser encerrada, o modelo se tornou parte do plano de assinaturas Nissan Move no Brasil.
BYD D1: Foco Exclusivo em Aplicativos
O BYD D1 foi projetado especificamente para motoristas de aplicativo e, apesar de ter saído de linha tecnicamente no final de 2024, seu desempenho pouco competitivo refletiu nos resultados de 2025. Com um design modesto e um custo elevado, não conseguiu atrair o público geral. Agora, a BYD direciona seus recursos para modelos mais flexíveis, como o Dolphin e o Yuan Plus, atendendo tanto o lazer quanto as necessidades de trabalho.
Desafios para a Eletrificação no Brasil
A saída de cena desses modelos destaca desafios significativos enfrentados pela eletrificação no Brasil, como a questão da desvalorização e a infraestrutura de recarga limitada. Ainda existe receio quanto à disponibilidade de peças e o suporte às autonomias inferiores dos veículos.
Com um mercado cada vez mais competitivo, esses exemplos servem como um lembrete das barreiras que os fabricantes enfrentam ao tentar conquistar o consumidor brasileiro, que busca tecnologia de ponta e custos que justifiquem o investimento.
