Movimento Fica Aquém do Esperado
A greve geral de caminhoneiros convocada para o dia 4 de dezembro de 2025 foi um fracasso, com rodovias federais em todo o Brasil permanecendo sem qualquer bloqueio. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) confirmou que não houve registro de interdições ou aglomerações significativas em seus 75 mil quilômetros de estradas vigiadas. Assim, o movimento de veículos seguiu normal, especialmente em grandes centros como o Rio de Janeiro, São Paulo e o Distrito Federal.
Reivindicações da Categoria
Os organizadores do movimento, que esperavam uma forte adesão, principalmente no Sudeste, tinham uma lista de demandas que incluía melhorias estruturais e contratuais para a categoria. Entre as principais reivindicações estavam a estabilidade contratual do caminhoneiro, a garantia de cumprimento das leis vigentes, e a reestruturação do Marco Regulatório do Transporte de Cargas. Outro ponto crítico era a luta pela aposentadoria especial de 25 anos de trabalho comprovado.
Francisco Burgardt, representante do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens de Ourinhos (Sindicam-SP), protocolou um ofício junto ao Palácio do Planalto na esperança de que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ofereça alternativas para o setor. Contudo, sem a adesão esperada, o protesto não resultou em impacto significativo.
Reações nas Redes Sociais
A falta de qualquer ação concreta resultou em uma enxurrada de comentários irônicos e memes nas redes sociais, que zombaram da ineficácia do movimento. Frases como “Espere mais 72 horas, galera!” e “Nossa! Tudo parado, a lentidão é total!” circularam em tom de sátira, relembrando paralisações passadas que eram marcadas para dias futuros.
Por outro lado, muitos internautas aproveitaram a situação para expressar apoio aos caminhoneiros que decidiram não parar, reconhecendo a importância do trabalho deles para a economia do país.
O Cenário das Rodovias Brasileiras
Segundo o Código de Trânsito Brasileiro, qualquer evento planejado para bloquear vias precisa de autorização prévia das autoridades de trânsito. A PRF observou que não houve comunicação formal de tais eventos, reforçando a legalidade mantida nas estradas do país durante a tentativa de greve.
Com a mobilização não impactando o fluxo nas rodovias, a expectativa de paralisar transportes em áreas estratégicas foi frustrada. A situação evidência a baixa adesão dos caminhoneiros à convocação, mesmo diante de reivindicações antigas e significativas para a categoria.