A Caminho: picape média da Chery que será feita no Brasil é lançada no Uruguai

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Depois de anunciar que teria uma picape média no Brasil, a Chery deu o primeiro passo no Uruguai com o lançamento da Himla. O modelo, que chega para disputar espaço em um dos segmentos mais tradicionais, deve desembarcar por aqui em 2026. A missão não é fácil: enfrentar Chevrolet S10, Ford Ranger, Toyota Hilux e até as novatas GWM Poer e BYD Shark.

Foto: Chery

Motorização e versões

No mercado uruguaio, a Himla apareceu equipada com um motor 2.3 turbodiesel de 161 cv e 42,8 kgfm de torque. O desempenho é mais modesto que o das rivais nacionais, mas a expectativa é de que a Caoa Chery faça uma calibração especial para o Brasil. Além disso, uma versão híbrida plug-in está confirmada para ampliar o leque de opções.

As versões de entrada por lá têm câmbio manual e tração traseira, algo pouco provável para o Brasil. Já as demais combinam câmbio manual e 4×4 ou automático com tração integral. Os preços variam entre R$ 170 mil e R$ 205 mil na conversão direta, bem abaixo das médias nacionais. Se chegar próximo disso, pode brigar até com a Fiat Toro e a Ram Rampage de entrada, sem ameaçar diretamente as picapes médias acima de R$ 250 mil.

Design e dimensões

O visual segue a linha atual do segmento. A dianteira traz luzes diurnas separadas dos faróis principais e a grade frontal exibe em destaque o nome Chery. Na traseira, a marca também aparece gravada na tampa.

A caçamba, porém, tem capacidade de apenas 650 kg, similar à de uma Fiat Strada cabine dupla, o que pode gerar questionamentos entre os compradores mais exigentes. No tamanho, a Himla mede 5,33 m de comprimento, 1,92 m de largura, 1,89 m de altura e 3,23 m de entre-eixos, números dentro do esperado para a categoria.

Interior e equipamentos

O interior chega bem equipado, mesmo nas versões de entrada. A lista inclui sete airbags, câmera de ré, ar-condicionado digital de duas zonas, piloto automático e freios a disco nas quatro rodas.

Nas versões mais caras, o pacote fica ainda mais interessante, com tela multimídia de 15,6 polegadas, câmera 360° e bancos dianteiros com ajuste elétrico.

Desafio da marca

A Caoa Chery já conquistou espaço com seus SUVs no Brasil, mas o mercado de picapes é outro jogo. Trata-se de um público mais conservador e fiel às marcas tradicionais, acostumado com décadas de confiança em modelos a diesel. A grande questão é se a Himla terá a mesma aceitação que os utilitários esportivos da marca.

Vale a pena ficar de olho?

Assim, a Himla pode ser uma jogada ousada da Chery no Brasil. Se os preços se aproximarem dos praticados no Uruguai, o modelo pode incomodar Fiat Toro e Ram Rampage, atraindo quem busca uma opção intermediária entre as médias e as compactas. Por outro lado, a capacidade limitada da caçamba e a reputação ainda em construção da marca nesse segmento podem ser barreiras.

O certo é que, com a chegada prevista para 2026, a disputa entre as picapes médias vai ganhar mais um capítulo interessante.

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