A BYD avançou mais um passo em sua estratégia de expansão no continente europeu com a chegada do primeiro lote de equipamentos à sua nova fábrica em Szeged, Hungria. A instalação está programada para iniciar a produção experimental de veículos elétricos no primeiro trimestre de 2026, com o início da produção em massa no segundo trimestre do mesmo ano.
Projeto estratégico na Europa
O projeto foi anunciado em dezembro de 2023, como parte de uma estratégia da BYD para contornar as tarifas adicionais impostas pela União Europeia aos carros elétricos importados da China. Atualmente, a fabricante enfrenta uma taxa alfandegária de 10%, acrescida de uma tarifa adicional de 20,7%. A decisão de estabelecer uma presença fabril na Europa visa aumentar significativamente a competitividade da montadora.
Marcos da construção
Logo após a assinatura do contrato de pré-compra do terreno em janeiro de 2024, a construção da fábrica em Szeged seguiu conforme o cronograma previsto, sendo confirmada em setembro de 2025. Inicialmente, a previsão era começar a operar até o final de 2025, mas o cronograma foi ajustado para 2026. Além disso, a fábrica deverá operar abaixo de sua capacidade máxima, projetada para 300.000 veículos por ano, durante os primeiros anos de operação.
Primeiros modelos europeus
O modelo que inaugurará a produção europeia da BYD será o Dolphin Mini (também conhecido como Seagull, Dolphin Surf ou Atto 1), um hatchback elétrico popular. A linha de produção, em seguida, incluirá outros modelos de sucesso global da marca, como o Atto 3 (Yuan Plus), o Dolphin, e o Seal, além do Seal U (Sealion 6 / Song Plus).
A transição para a montagem
A chegada dos equipamentos marca a transição da fase de construção para a fase de montagem, preparando o terreno para que a BYD inicie sua produção em solo europeu. Este movimento é crucial para fortalecer sua presença no continente e potencialmente desbancar concorrentes com modelos eficientes e 100% elétricos.
Espera-se que a produção europeia permita à BYD ajustar melhor seus produtos ao mercado local, atender às preferências dos consumidores europeus e reagir rapidamente às mudanças de mercado. Além disso, reduzirá os custos associados às tarifas de importação, proporcionando uma vantagem competitiva significativa.



