Exame Toxicológico: Mais de 300 Mil Motoristas Barrados por Uso de Drogas e o Impacto na Segurança Viária

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O Exame Toxicológico e Sua Expansão

O exame toxicológico está em destaque em debates sobre segurança no trânsito no Brasil. A exigência, que já é obrigatória para motoristas profissionais, agora se estende para aqueles que estão em processo de obtenção da CNH nas categorias A e B, que incluem motos e carros. A medida recebe aprovação massiva da sociedade, com 83% dos brasileiros apoiando a medida segundo uma pesquisa do Ipec. Essa aceitação popular reflete a preocupação com a segurança nas estradas e a prevenção de acidentes.

Impacto na Redução de Acidentes

Desde a implementação da exigência para motoristas profissionais, os dados apontam para uma grande eficácia do exame. Pelos números da ABTox, cerca de 300 mil motoristas testaram positivo para substâncias psicoativas, resultando em sua retirada das ruas. A Polícia Rodoviária Federal também notou uma redução drástica nos acidentes ao comparar dados entre os anos pré e pós-obrigatoriedade do teste, destacando a importância da medida para a segurança viária.

Discussões sobre Ampla Aplicação

A possibilidade de estender a obrigatoriedade do teste toxicológico para a primeira habilitação nas categorias A e B levanta discussões pertinentes. O cenário global, segundo o World Drug Report do UNODC, registra um aumento no consumo de drogas sintéticas entre jovens. A OPAS também alerta que acidentes de trânsito são uma das três principais causas de morte entre jovens de 14 a 29 anos. O portal Estradas estima que, com a aplicação da exigência para novos habilitados, até 870 mil usuários de drogas poderiam ser identificados antes de obterem a CNH.

Funcionamento e Importância do Exame

O exame toxicológico realizado é capilar, possuindo uma longa janela de detecção, entre 90 a 180 dias. Isso é crucial para identificar padrões habituais de consumo, diferentemente do bafômetro ou exames de urina que detectam uso apenas recente. Desta forma, o exame não só identifica um usuário ocasional, mas sim aqueles que apresentam um risco contínuo nas estradas.

Recuperação e Reinclusão Social

Além de ser uma medida de segurança, o exame toxicológico também tem uma dimensão social. De acordo com dados do SOS Estradas, entre 2016 e 2019, mais de 28 mil motoristas que testaram positivo buscaram tratamento. Após passarem por tratamentos e apresentarem resultado negativo em novos exames, puderam voltar a dirigir de forma segura, evidenciando assim uma contribuição para a recuperação social desses indivíduos.

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