Exame Toxicológico Reduz Acidentes em 54% e Conta com 83% de Apoio dos Brasileiros

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Análise de Impacto: Como a Obrigatoriedade do Exame Toxicológico Protege Vidas nas Estradas Brasileiras

Desde 2016, o exame toxicológico de larga janela de detecção é um componente crucial da segurança viária no Brasil, especialmente para motoristas das categorias C, D e E. Essa medida, que identifica o consumo regular de substâncias psicoativas em até seis meses por meio da análise capilar, conta com o apoio de 83% dos brasileiros, de acordo com uma pesquisa Ipec realizada em fevereiro de 2025.

Impactos Documentados na Redução de Acidentes

Os dados acumulados desde a introdução do exame demonstram sua eficácia na prevenção de acidentes. A Associação Brasileira de Toxicologia (ABTox) registrou que aproximadamente 300 mil motoristas testaram positivo para uso de drogas, destacando a importância da fiscalização contínua. Comparações entre períodos pré e pós-implementação mostram uma redução de 34% em acidentes com caminhões e 45% com ônibus, além de uma diminuição de 54% nos sinistros em rodovias interestaduais entre 2015 e 2017.

Função Social e Reinserção no Trabalho

O exame também desempenha um papel social significativo, permitindo a recuperação de motoristas. Segundo o SOS Estradas, mais de 28 mil motoristas que inicialmente testaram positivo buscaram tratamento e puderam voltar ao trabalho, apresentando laudos negativos, entre 2016 e 2019.

Desafios e Necessidade de Expansão

Atualmente, existe um forte debate sobre a necessidade de expandir a obrigatoriedade do exame para novos habilitados nas categorias A e B. Essa ampliação é urgente, dados os acidentes de trânsito estarem entre as três principais causas de morte de jovens de 14 a 29 anos, junto a homicídios e suicídios, conforme a OPAS. Ademais, há um aumento no consumo de drogas sintéticas entre jovens nessa faixa etária, segundo o UNODC.

Implementar o exame toxicológico na primeira habilitação é visto como uma medida preventiva e poderosa. Um levantamento do portal Estradas, com base em dados da Fiocruz e da Senad, estima que essa mudança poderia impedir que entre 390 mil e 870 mil usuários de drogas obtenham a Permissão para Dirigir, salvaguardando vidas no trânsito.

Conclusão

A capacidade do exame capilar de detectar o consumo regular de drogas o torna superior a testes de urina ou saliva, que são limitados a um curto período. Esta análise estendida é vital para buscar um comportamento seguro no trânsito, garantindo a eficácia do exame na prevenção de riscos ao volante.

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