A publicação britânica Autocar levantou rumores de que a smart traria de volta o forfour, agora chamado de #4. A ideia era oferecer um carro urbano de quatro lugares, derivado do futuro #2. Porém, em entrevista ao Carscoops, o diretor global de comunicação da marca, Jack Bailey, negou qualquer plano para lançar esse modelo.
A lógica por trás da ideia do #4
O suposto hatch teria entre-eixos maior e dois assentos extras em relação ao #2. Faz sentido em mercados como Reino Unido e Europa, onde ainda há demanda por city cars de quatro lugares. No entanto, a procura por modelos do segmento A já não é tão forte quanto no passado, quando a smart era independente.
O foco está no #2
Enquanto isso, a marca aposta no #2, que deve chegar apenas no fim de 2026. Pouco se sabe sobre ele, mas a expectativa é grande porque será desenvolvido em parceria com a Mercedes, usando uma nova plataforma. Assim como o lendário fortwo, deve trazer motor elétrico traseiro e bateria no assoalho, mantendo o DNA de carro urbano compacto.
A linha atual e o papel da Mercedes
Modelos como o #1, #3 e #5 seguem outro caminho: são SUVs elétricos de base Geely, produzidos na China, mas com design feito pela Mercedes. Essa combinação é fruto da reestruturação de 2019, quando a smart se tornou uma joint venture entre a alemã e a chinesa. O movimento ganhou força em 2021 com o Concept #1, apresentado no Salão de Munique.
Breve volta ao passado
A smart nasceu em 1994, fruto de uma parceria entre a Daimler-Benz e a suíça SMH, que depois virou Swatch Group. O primeiro carro, o City-Coupé, só chegou às ruas em 1998 e mais tarde foi rebatizado como fortwo.
Ao longo de três gerações, o fortwo ganhou versões elétricas e até dividiu base com a Renault, que resultou no breve forfour/Twingo. Ambos saíram de produção em 2024, depois de anos de queda nas vendas. Nos Estados Unidos, a marca encerrou suas atividades ainda em 2019, justamente por não conquistar espaço num mercado que prefere veículos maiores.
O desafio da nova fase
O histórico mostra que a smart sempre buscou soluções urbanas ousadas, mas as vendas caíram drasticamente. Isso fez com que a marca passasse a ter muito mais DNA Geely do que Mercedes. Agora, o #2 aparece como esperança de resgatar parte da identidade original, oferecendo um carro compacto, prático e diferente em meio a tantos SUVs.
A smart não vai trazer de volta o forfour, mas aposta todas as fichas no futuro #2. O novo city car elétrico tem a missão de equilibrar a eficiência da Geely com a tradição de design e engenharia da Mercedes. Se conseguir repetir a fórmula de sucesso do fortwo, pode recolocar a marca no mapa como referência em mobilidade urbana elétrica.
