Crescimento de 20% em Motos Elétricas Impulsiona Mercado de Aluguel em 2025: Startups Disparam e Gigantes Japonesas Largam para Trás

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Motos Elétricas Avançam no Mercado Brasileiro em 2025

O mercado de motos elétricas no Brasil registrou um crescimento significativo de 20% em 2025, conforme dados divulgados pela Fenabrave e obtidos pelo portal Estadão. Mesmo que esse aumento chame a atenção, as motos elétricas ainda representam apenas 0,39% do total das vendas no país, com cerca de 422 unidades emplacadas em outubro. A cidade de São Paulo se destaca como a principal concentradora desse avanço, enquanto o mercado é majoritariamente dominado por modelos chineses.

Desconfiança do Mercado após o Colapso da Voltz Motors

Um dos principais desafios para a adoção das motos elétricas no Brasil é a questão da confiança dos consumidores. Um caso emblemático é o da Voltz Motors, que já foi considerada a ‘Tesla do Nordeste’. A empresa enfrenta atualmente recuperação judicial, uma dívida de R$ 140 milhões e teve sua produção paralisada. Esse cenário reforça a importância do pós-venda, área onde outras empresas como a Leva Motors buscam suprir a demanda ao focar na assistência técnica e na venda com pronta entrega, estabelecendo uma meta de 3 mil unidades mensais para 2026.

Aluguel de Motos Elétricas como Solução Inteligente

Enquanto comprar motos elétricas ainda suscita receio, o aluguel se firmou como uma alternativa prática e inteligente. A Vammo, uma das empresas do setor, atualmente mantém mais de 5 mil motos alugadas na Grande São Paulo e já possui filas de espera. A equação econômica favorece os motoboys, já que os custos com aluguel — aproximadamente R$ 189 semanais — são compensados pela economia mensal.

Competição e Desafios para as Gigantes Japonesas

Embora startups liderem o setor elétrico do mercado de duas rodas, gigantes como a Honda e a Yamaha estão ficando para trás. Detentoras de quase 80% das vendas de motos a combustão, suas estratégias de transição são lentas. A Honda, por exemplo, lançou a WN7 internacionalmente, mas com um preço proibitivo (em torno de R$ 94 mil). A Yamaha apresentou a scooter Neo’s Connected, com valor de R$ 35 mil e autonomia limitada a 39 km por bateria. A falta de incentivos fiscais e o custo elevado de tecnologia, principalmente baterias, são barreiras adicionais para essas empresas.

O Desafio da Autonomia nas Motos Elétricas

Um dos principais entraves para a popularização das motos elétricas no Brasil é sua autonomia limitada. Enquanto motos a combustão podem percorrer até 300 km com um tanque cheio, modelos elétricos mais acessíveis ainda não ultrapassam os 100 km de autonomia. Isso limita seu uso a áreas urbanas, sendo ainda pouco viáveis para viagens mais longas. Entretanto, a economia de cerca de 80% em “combustível” se mostra uma vantagem crucial para muitos consumidores.

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